É tipo siso

A vida é tão simples, eu não consigo entender o porquê, nem como, as pessoas conseguem complica-lá. Se algo te incomoda, você faz o que? Corta da vida, joga fora, excluí, se não te faz bem e se você não gosta, pra que continuar suportando? Se você não gosta de tal ação, não a faça. Se você acha legal tal ação, faça. Mas lembre-se: para todos os atos existem consequências, se você faz, aceite a consequência.

É tipo siso, está doendo, está me incomodando, o que eu faço? Tiro! Mas antes eu penso: eu posso ficar sem? Posso! Vai me prejudicar? Talvez a minha conta bancaria, mas se for um de cada vez ou parcelado, tudo numa boa, consequências desse ato: não poder mais carne crua. Então, depois dessa breve reflexão, eu crio coragem e ligo para a minha dentista, Dra. Neia, e marco um horário e pronto.
Agora um exemplo mais profundo, meu joelho está doendo, faço as mesmas perguntas. Eu posso ficar sem? Até posso... Vai me prejudicar? Sim, não poderei mais andar, consequência: não vou poder andar. E depois dessa outra reflexão, eu decidi tomar um analgésico e ficar com o meu joelho no lugar.
Usando essas duas perguntas você pode resolver praticamente tudo na vida.
Agora usando exemplos da vida real. Eu adoro meu trabalho, porém odeio acordar cedo. Eu posso ficar sem chegar no horário certo? Posso. Vai me prejudicar? Sim, vai ser descontado os atrasos na minha folha de pagamento, consequência: salário menor, conclusão: vou começar a (tentar) chegar no horário.
Agora, usando analogia: meu namorado me incomoda. Compare ele a uma unha grande e bonita que quebra no vivo, você faz as perguntas e pode chegar a duas conclusões diferentes: 'eu posso fingir que não está doendo, colar com super cola, e deixar parecer que está tudo bem, afinal eu amo essa unha e uma hora ela vai crescer e vai voltar tudo ao normal' ou 'eu posso cortar ela, afinal está me incomodando, e depois que eu corta-lá, irá crescer um nova unha, tão bonita quanto, ou mais'.
Mas no final de tudo isso o que eu queria dizer era apenas que meu siso não é um problema banal. Eu sei que eu devo tirá-los (os que sobraram), mas até que eu tome coragem para ir ao dentista, eu aceitei a consequência de continuar sentindo dor.

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